Apesar de eu não ter a mesma cosmovisão do autor do texto abaixo, acredito que suas palavras foram belíssimas no tema escolhido.
Por José Saramago
Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.
Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo!
Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.
E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!
Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os filhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles. Santo anjo do Senhor...
É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós !!!
"A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver "
segue um belo texto de Henri Nouwen: FILHOS SÃO UM DOM
ResponderExcluirHenri Nouwen
Ser pai é como ser um bom anfitrião para um estranho! Embora algumas vezes julguemos que os nossos filhos são como nós, somos continuamente surpreendidos por serem tão diferentes. Tanto podemos estar orgulhosos da sua inteligência, dos seus dons artísticos ou dos seus feitos atléticos como ficar tristes com o seu atraso na aprendizagem, com a sua falta de coordenação ou com seus interesses estranhos. Em muitos aspectos, nós não conhecemos os nossos filhos.
Não somos criadores dos nossos próprios filhos nem somos os seus proprietários. Esta é uma boa notícia, porque não precisamos estar sempre a culpar-nos por todos os seus problemas, mas não devemos também atribuir a nós os seus sucessos.
Filhos são um dom. Eles nos foram dados por Deus para lhes podermos oferecer um lugar seguro e acolhedor para crescerem rumo à liberdade interior e exterior. São como estrangeiros que desfrutam de nossa hospitalidade, tornam-se bons amigos e depois partem de novo para continuar a sua jornada. Trazem-nos imensa alegria e, ao mesmo tempo, imensa tristeza, precisamente por serem um dom. E um dom precioso. Mas assim como os recebemos, devemos dá-los novamente. Quando os filhos saem de casa para estudar, trabalhar, casar ou simplesmente para se tornarem independentes, sentimos tristeza e alegria ao mesmo tempo. Pois é nessas horas que sentimos profundamente que o “nosso” filho não é realmente “nosso”, mas nos foi dado para se tornar um verdadeiro dom para outras pessoas.
Relutamos em conceder aos filhos a liberdade que tanto desejam, especialmente neste mundo violento e explorador. Gostaríamos muito de protegê-los de todos os possíveis perigos, mas não podemos. Não nos pertencem. Pertencem a Deus; e uma das maiores provas de nossa confiança em Deus é deixá-los fazer suas próprias escolhas e descobrirem seu próprio caminho.
FILHOS SÃO UM DOM
ResponderExcluirHenri Nouwen
Ser pai é como ser um bom anfitrião para um estranho! Embora algumas vezes julguemos que os nossos filhos são como nós, somos continuamente surpreendidos por serem tão diferentes. Tanto podemos estar orgulhosos da sua inteligência, dos seus dons artísticos ou dos seus feitos atléticos como ficar tristes com o seu atraso na aprendizagem, com a sua falta de coordenação ou com seus interesses estranhos. Em muitos aspectos, nós não conhecemos os nossos filhos.
Não somos criadores dos nossos próprios filhos nem somos os seus proprietários. Esta é uma boa notícia, porque não precisamos estar sempre a culpar-nos por todos os seus problemas, mas não devemos também atribuir a nós os seus sucessos.
Filhos são um dom. Eles nos foram dados por Deus para lhes podermos oferecer um lugar seguro e acolhedor para crescerem rumo à liberdade interior e exterior. São como estrangeiros que desfrutam de nossa hospitalidade, tornam-se bons amigos e depois partem de novo para continuar a sua jornada. Trazem-nos imensa alegria e, ao mesmo tempo, imensa tristeza, precisamente por serem um dom. E um dom precioso. Mas assim como os recebemos, devemos dá-los novamente. Quando os filhos saem de casa para estudar, trabalhar, casar ou simplesmente para se tornarem independentes, sentimos tristeza e alegria ao mesmo tempo. Pois é nessas horas que sentimos profundamente que o “nosso” filho não é realmente “nosso”, mas nos foi dado para se tornar um verdadeiro dom para outras pessoas.
Relutamos em conceder aos filhos a liberdade que tanto desejam, especialmente neste mundo violento e explorador. Gostaríamos muito de protegê-los de todos os possíveis perigos, mas não podemos. Não nos pertencem. Pertencem a Deus; e uma das maiores provas de nossa confiança em Deus é deixá-los fazer suas próprias escolhas e descobrirem seu próprio caminho.