segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O caminho da descoberta: a cardiopatia (Parte 2)

Clique aqui para ler a parte 1

Mais ou menos uma semana depois de nós termos descobertos sobre a fenda palatal e o lábio leporino de Nina, nós voltamos para um novo exame: ecocardiograma fetal.

Estávamos na mão de uma médica nacionalmente conhecida por sua habilidade neste exame, Dra. Lilian Lemos, cardiologista infantil da USP. Aliás, já enxergamos com facilidade a provisão de Deus em nos proporcionar excelentes médicos para cuidar de Karen e Nina. Já que estou falando de bons médicos, outro  muito elogiado por outros colegas de profissão, depois de visto seus diagnósticos, foi o Dr. Eduardo Borges da Fonseca, com especialização em obstetrícia e medicina fetal, que minuciosamente observou os detalhes de cada ultrassom que fizemos. Foi através dele que conseguimos um exame com a Dra. Lilian, que foi contratada para estar em João Pessoa uma vez por mês para realização deste importante exame.

Bem, voltando ao exame, Dra. Lilian, bastante silenciosa durante o exame, concluiu que Nina tinha o ventrículo direito (VD) um pouco maior do que o ventrículo esquerdo (VE). Segundo ela, isso sugere uma coarctação da aorta (note bem palavra destacada), que em simples palavras é um estreitamento da primeira artéria que leva sangue oxigenado para todo o resto do corpo. A coarctação da aorta somente pode ser efetivamente diagnosticada após o parto. Por sua vez, a associação desta cardiopatia com o problema no lábio e palato de Nina, sugere a possibilidade de haver alguma síndrome.

Quando soubemos disso, ficamos ainda mais tristes. Pensamos: "como era pequeno o problema na boca de Nina, quando ao lado de uma síndrome." A partir deste momento, nossos planos já eram outros. Possivelmente, o melhor lugar para que Nina saísse de Karen fosse em São Paulo, devido à possibilidade da exigência de uma cirurgia cardíaca. Mas a história não acabou na cardiopatia...

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