sábado, 15 de março de 2014

Querida futura mamãe (Síndrome de Down)

A filial italiana da Saatchi & Saatchi aproveitou um e-mail enviado por uma futura mãe para criar a nova campanha da CoorDown, organização nacional de apoio à Síndrome de Down.

"Que tipo de vida o meu filho vai ter?", perguntou a mulher que estava com medo, pois acabara de descobrir que seu filho iria nascer com a doença genética.

O anúncio, feito especialmente para o Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, traz 15 portadores da Síndrome de Down para responder a pergunta da mãe, mostrando as alegrias e os desafios que o filho possivelmente enfrentará no futuro.

O filme adota o conceito "Todo mundo tem o direito de ser feliz", a fim de promover a diversidade e integração na sociedade, especialmente na escola e no trabalho.

Este é o terceiro ano de trabalho da Saatchi com a CoorDown. As duas últimas campanhas ganharam 11 Leões em Cannes para a agência.

Com informações do Adweek.


Texto copiado de meiomensagem.com.br

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Primeiro aninho de um bebê nascido prematuro

Rondando pelo Facebook, vi o vídeo abaixo no mural de uma amiga que recentemente enfrentou a mesma situação tão maravilhosamente compartilhada por Benjamin Scot, pai que fez o vídeo como presente para sua esposa, mãe do bebezinho.

Antes de eu ver o vídeo eu já sabia que choraria - isso era lógico! Foi grande a extensão da diversidade de emoções e lembranças que eu tive. Por exemplo, as nossas idas e vindas do hospital; a gostosa sensação de segurá-la e cantar para ela ("Nina Nina, Ninoca"); e especialmente a gratidão a Deus por Ele ter nos dado a oportunidade de estar com ela em casa.

Enquanto eu assistia o vídeo, desfilava por minha mente as dificuldades que meu casal de amigos recentemente enfrentou. Há menos de dez dias eu conheci a pequenina que eles geraram, cuidaram e consagraram para Deus.

Que este vídeo possa continuar a encorajar pessoas a lutar pela esperança da vida sem perder o foco nAquele que é dá o dom da vida.

Veja o vídeo abaixo. Os sorrisos da mãe e do bebê são lindos!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

domingo, 13 de outubro de 2013

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

The Experience of Families With Children With Trisomy 13 and 18 in Social Networks

Authors
Annie Janvier, MD, PhD, Barbara Farlow, BEng, MBA, and Benjamin S. Wilfond, MD

Key Words
trisomy 13, trisomy 18, life-sustaining interventions, quality

Abstract

Background
Children with trisomy 13 and trisomy 18 (T13-18) have low survival rates and survivors have significant disabilities. For these reasons, interventions are generally not recommended by providers. After a diagnosis, parents may turn to support groups for additional information.

Methods
We surveyed parents of children with T13-18 who belong to support groups to describe their experiences and perspectives.

Results
A total of 503 invitations to participate were sent and 332 questionnaires were completed (87% response rate based on site visits, 67% on invitations sent) by parents about 272 children. Parents reported being told that their child was incompatible with life (87%), would live a life of suffering (57%), would be a vegetable (50%), or would ruin their family (23%). They were also told by some providers that their child might have a short meaningful life (60%), however. Thirty percent of parents requested “full” intervention as a plan of treatment. Seventynine of these children with full T13-18 are still living, with a median age of 4 years. Half reported that taking care of a disabled child is/was harder than they expected. Despite their severe disabilities, 97% of parents described their child as a happy child. Parents reported these children enriched their family and their couple irrespective of the length of their lives.

What's known on this subject
Trisomy 13 and 18 are conditions with 1-year survival rates of less than 10% and have traditionally been treated with palliative care. There are increasing reports of ethical dilemmas caused by parental requests for clinical interventions.

What this study adds
Parents who belong to social networks report an enriching family experience and describe surviving children as happy. Many of these parents describe challenging encounters with health care providers.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

"Your Child" - Linda canção consoladora e motivadora

Achei esta canção de Jeniffer Shaw extremamente consoladora e motivadora para que cada pai e mãe continue amando seus filhos, com todo cuidado e zelo, à semelhança de Deus para conosco.

Your Child


Letra

She's up at six a.m. to dress and feed him
She helps him from the wheelchair to the van
And drives the fifty miles to his appointment
And the next day she will do it all again
I asked her how she does it everyday
How do you keep on going with such grace?

And she said, "When those eyes are looking up at mine
Every trial, every fear in that moment disappears
And you realize that it's all worthwhile
When it's your child."

They haven't slept since 2007
Since the doctor placed that baby in their arms
Daddy's working days and nights and on the weekends
And you wonder how it's weighing on his heart
I asked him how he does it everyday
How do you keep on going with such faith?

And he said, "When those eyes are looking up at mine
Every trial, every fear in that moment disappears
And you realize that it's all worthwhile
When it's your child."

Tradução

Ela se levanta às seis horas para vesti-lo e alimentá-lo
Ela o ajuda da cadeira de rodas a van
E dirige 50 milhas até a consulta médica
E no dia seguinte ela fará tudo de novo
Eu perguntei como ela faz isso todos os dias
Como você continua com tanta graça?

E ela disse: "Quando aqueles olhos estão olhando para o meu
Cada prova, cada medo, naquele momento desaparece
E você percebe que tudo vale a pena
Quando é o seu filho."

Eles não dormem desde 2007
Desde que o médico colocou aquele bebê em seus braços
Papai trabalha dias e noites, também nos finais de semana
E você se pergunta como está seu coração
Perguntei-lhe como ele faz isso todos os dias
Como você continua com tanta fé?

E ele disse: "Quando aqueles olhos estão olhando para o meu
Cada prova, cada medo, naquele momento desaparece
E você percebe que tudo vale a pena
Quando é o seu filho."

domingo, 28 de julho de 2013

Histórias que edificam

Desde que iniciei o site Nina Minha Filha, foram vários os recados que eu recebi. Em geral eles foram de mães que compartilham de uma história muito semelhante a nossa. Todas elas descrevem algo com base no tema "síndrome;" a maior parte Patau (T13), uma pequena parte Edwards (T18). Algumas destas mães têm notoriamente sua esperança em Deus, outras, entretanto, buscam conhecê-lO no instante que percebem enfrentar o que eu já chamei (e ainda considero) de momento mais difícil de minha vida.

Ouvir e ler tantos depoimentos ratifica o que eu acreditava: nossa história não era nenhuma novidade debaixo do sol. Ao mesmo tempo que eu me entristeço em pensar que com grande frequência pais recebem a notícias que seu rebento é portador de uma síndrome, seja qual for ela, conforto-me em pensar que existem pessoas que podem ajudar seu próximo através de suas histórias, especialmente quando compartilham de seus sentimentos mais profundos com sabedoria, amor e graça.

Compartilhar histórias, saber contá-las e ouvi-las, é uma das formas de Deus nos edificar. Quando Karen e eu soubemos que Nina era portadora da Trissomia do cromossomo 13, encontramos algumas pessoas maduras que já tinham passado por uma situação semelhante. Crescemos muito em conhecimento e nos sentimos mais consolados à medida que percebíamos o agir de Deus em cada um dos casos ouvidos.

Triste pela demora, mas contente pela descoberta, desculpei-me hoje para cada pessoa que me escreveu no Facebook e sua mensagem estava na caixa "outros." Não sabia de sua existência. Parece-me que lá são enviadas as mensagens de pessoas que não são minhas amigas nesta rede social. Bem, espero que o ditado "antes tarde do que nunca" seja suficiente. Mais uma vez, perdoem-me vocês que eu não escrevi anteriormente. Foi este acontecimento que me motivou a escrever este post.

Algumas mensagens

Mais do que ficar contente por eu ser algum tipo de referência para as pessoas esclarecerem seus questionamentos sobre a patologia, sou extremamente alegre por poder anunciar a certa esperança em Jesus Cristo. É com isto em mente que transcrevo as mensagens que estavam em meu Facebook, mantendo os autores em sigilo:

Olá vi seu video na internet fiquei muito emocionada pois tenho uma filha portadora dessa sindrome hoje ela tem 5 anos e o nosso maior presente de Deus e como está sua Nina se quiser me adcionar para trocar esperiencia e testemunho desse Deus maravilhos pois a minha A. é uma grande milagre e promessa de Deus. Abraço. (A.M.M.)

Boa tarde irmãos!!
Pesquizando sobre Síndrome de Patau encontrei o lindo testemunho de vocês,também sou evangélica da igreja de nova vida em Nova Iguaçu no Rio de Janeiro, temos um menino e tivemos uma filha com esta Sindrome,faz dois meses que ela faleceu,nasceu com 26 semanas e viveu 9 dias na UTI. Hoje sabemos o que é realmente desfrutar da paz de Deus,e viver com alegria e felicidade independente de qualquer situação,Deus não nos abondona em nenhum momento e temos experimentado o cuidado de Deus em todas as situações, assim como os irmão descreveram e exatamente, como Deus tem nos sustentado. Tenho certeza que o testemunho dos irmãos está alcançando muitas vidas e que Deus já está sendo glorificado. Deus os abençoe grandemente!! Abçs. (E.S.)

Tiago sou a t. de campinas vi o videio no youtube,eu também tive uma filha com o mesmo problema,quando eu vi a historia,igualzinho a minha,a minha filha faleceu com 3 meses de vida,deus da muita força pra nos,fica com deus,gostaria de conversar um dia com voceis, viu? (T.C.)

Olá Thiago, vi o vídeo de vocês e queria muito ter contato com vocês, adicionei a sua esposa, sei que não nos conhecemos, mas passamos pela mesma situação em 2012, minha linda I. também tinha síndrome de Patau e queria poder conversar com vocês a respeito, dando-nos força, esclarecendo dúvidas, se puderem aceitar meu convite ficarei muito grata! Deus os abençoe! (G.S.)

Bom Dia Thiago.. Deus tem usado grandemente minha Vida pelo seu Blog e pelos testemunhos.. Estou passando por isso tbm.. Descobri a 2 semanas que Meu Pequeno M. tem Provavelmente Sindrome de patau.. Devido as Malformações estou esperando o resultado pra comprovar se é ou não Patau.. Sou da igreja quadrangular e eu e meu esposo estávamos Afastado.. Seiii que Deus tem um Plano Para nosso M. e ele já está Transformando Nossa Vida..!! Dóii muitoo Mais ao mesmo tempo fico Feliz em fazer parte de algo da parte de Deus.. Sei que muitas vidas serão restauradas através da vida do M... Que Deus continue abençoando td sua familia.. e O ministério de vcs..!! Abraços. (J.N.)

Tenho um enorme prazer em ouvir (ler) e interagir com cada história que chega ao meu conhecimento. Oro para que Deus me dê discernimento para consolar, motivar, guiar, chorar e alegrar-me com cada pessoa que me escreve. Meu alvo é ajudar no preenchimento de todas as necessidades daquele ou daquela que me procura. Às vezes  é ajudar no entendimento sobre qual a chance do próximo filho ser acometido com a mesma dificuldade genética, às vezes é ajudar no conhecimento de algum médico que entenda a questão com outra cosmovisão sobre a vida, às vezes é ajudar numa escolha para coleta de dados genéticos da criança enquanto dentro da mamãe.

Espero, de fato, sempre ajudar a preencher as necessidades de cada coração. Trabalho na busca e na divulgação da verdade, tendo como primazia, a necessidade que todo homem e mulher têm. Dostoiévski e eu concordamos: "existe no homem um vazio do tamanho de Deus."

Que toda oportunidade de compartilhar histórias redunde para honra e glória de Deus.

sábado, 27 de abril de 2013

Depoimento da mamãe de Nina para comunidade amiga

Por Karen Zambelli
Mamãe de Nina

O depoimento abaixo foi enviado para Mães Cristãs.



Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo!
-- José Saramago

Li essas fortes palavras pela primeira vez alguns dias antes de minha filha caçula falecer e, até hoje, elas me vêm constantemente à mente, como um lembrete de que tudo o que temos, inclusive nossos filhos, pertencem a Deus. A nós, como pais, cabe darmos o nosso melhor, amando-os e educando-os para que se tornem servos de Deus.

Mas vamos começar do começo. Meu nome é Karen, tenho trinta anos e sou casada há quase 8 anos. Tenho um filho de 4 anos, o Enzo, e uma filha, a Nina, a qual o Senhor já levou para si.

2012 foi, sem dúvida, o ano mais difícil e singular de minha vida. De fato, a dificuldade começou no último terço de 2011, quando eu e meu marido soubemos que nossa filha, Nina, era portadora da síndrome de Patau, também conhecida como trissomia do cromossomo 13, que gera deficiência cardíaca, renal, motora, mental, dentre outras da própria condição genética. De acordo com os especialistas, esta é uma condição que não é compatível com a vida.

Assim que descobrimos o diagnóstico de Nina, com 24 semanas de gestação, os médicos nos sugeriram o aborto. Afirmaram que este seria o caminho mais racional e menos doloroso, tanto para nós quanto para o bebê, uma vez que essa síndrome é considerada incompatível com a vida e que, na grande maioria dos casos, os bebês perdem a vida antes do fim da gestação. Porém, crentes na soberania de Deus, que tem o controle sobre a vida e a morte, optamos por seguir em frente – a melhor decisão que podíamos tomar!

Nina nasceu, linda e bem, no dia 27 de fevereiro de 2012, e veio a falecer 28 dias depois. Nunca imaginei que algo assim aconteceria um dia comigo. Mas também, nunca imaginei quanta coisa o Senhor poderia fazer em tão pouco tempo, por nós, e através de nós. Em muito pouco tempo tivemos que mudar nossos planos, tomar decisões rápidas, viver com interrogações e lidar com emoções e realidades que, até então, pareciam tão distantes. No entanto, a cada passo, sentíamos claramente o cuidado, a direção e o sustento que vinham graciosamente de Deus. Foram preciosos os dias que tivemos com nossa pequena Nina, e eu poderia passar horas contando como a mão de nosso Pai estava em cada detalhe. Um desses momentos inesquecíveis foi quando recebemos a notícia de que poderíamos levar Nina para casa e reunir toda a família pela primeira vez: era o dia do aniversário de três anos do nosso filho, Enzo. Foi uma comemoração dupla e inigualável!

Como mãe, não há um dia sequer em que eu não me lembre da minha querida Nina. Sinto saudades dos momentos que passei com ela, e também de tudo aquilo que não deu tempo de viver ao seu lado. Viverei para sempre com a grande marca que minha pequenina deixou em nossas vidas. Porém, sei que sua história ainda não acabou, e se eu conto para vocês, é para que vocês também, como mães, tenham certeza da esperança que há em Deus, que em nenhum detalhe tira os olhos de nós. Muitas vezes penso em como deve ser desesperador para alguém passar por uma situação dessas sem conhecer o poder, a graça e a misericórdia de Deus. São nessas horas que mais agradeço por ser testemunha viva de Sua ação. Sem dúvida hoje entendo bem melhor sobre a paz e a alegria que vêm do Senhor, e espero, honestamente, que a força e maturidade que Deus tem dado a mim e minha família, possa inspirar a todos que passam por situação semelhante.

A Ele toda honra e toda glória, sempre!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

A mesma verdade

Se eu substituísse o nome de Sam por Nina na frase abaixo, ela ainda seria verdadeira.

Por "jt"

The pain is not gone, and at times Sam’s death doesn’t feel real. But the one thing I know is real is my constant comfort and hope.

(Tradução) A dor não se foi, e por vezes a morte de Sam não parece real. Mas uma coisa eu sei: é real meu constante conforto e esperança.

Fonte: A Story of Suffering: My Wife’s Thoughts a Year Later (clique para ver o artigo/a história completa)

quarta-feira, 20 de março de 2013

Nathalia e Erick: nossa história com Lucas


Por ter compartilhado de nossa história com Nina, diversas pessoas entraram em contato comigo (T. Zambelli). Todas elas estavam extremamente envolvidas com alguém diagnosticado com síndrome de Patau. A maioria foi mães. A história abaixo é um depoimento de Nathalia e Erick, por quem pude orar quando me contaram da situação que passavam com Lucas, ainda no ventre. 



Em 2012 fomos agraciados em poder gerar nosso Lucas Emanuel, um bebe tão amado, tão desejado e tão sonhado.

Com cinco meses de gestação vimos fizemos um exame com ultrassom (o exame morfológico) e descobrimos que Lucas tinha fenda labial e possivelmente palatal. Eu tinha artéria umbilical única.  Foi uma surpresa, um susto, repetimos o exame e o mesmo coisa foi detectado. Os médicos então decidiram “investigar” para ver se nada mais grava estava acontecendo. Depois de muito pensar, decidi me submeter a aminiocentese. Com muita espera, um mês de muita ansiedade, oração e otimismo, pois Lucas tinha tudo anatomicamente normal (coração, cérebro, sistema nervoso, todos os órgãos aparentemente normais), o resultado chegou: nosso filho era portador da síndrome de Patau.

Lembro-me bem deste dia: chorei, desabei, achei que não iria suportar. A medicina não nos dava esperança e os médicos eram frios. Sentir seu bebê mexer, cantar pra ele sem saber por quanto tempo estarão juntos, ou sem saber o que Deus estava reservando era cruel.

Um dia depois de sabermos o resultado, tínhamos que decidir o que iríamos fazer. Decidimos andar por fé e por amor ao nosso pequeno. Pintamos o quartinho, compramos suas roupinhas, fizemos chá de bebê e ensaio fotográfico. Curtimos a gravidez, cada dia do nosso príncipe na barriga. Somos muito felizes em ter tomado essa decisão. Nós, familiares e amigos próximos oramos MUITO, jejuamos, louvamos; sabíamos que Deus estava no controle de tudo. Nosso desejo era ver Lucas curado, surpreendendo a medicina, mais a nossa oração também era para que Deus fizesse aquilo que apraz Seu coração.

A espera foi longa e o Luquinhas chegou no dia 13 de fevereiro de 2013. Foi um parto cesariano; ele tinha 2.480kg e 44cm, extremamente lindo, maravilhoso, perfeito aos meus olhos, com fenda labiopalatal  e seis dedinhos. Tudo isso era pequeno comparado à beleza de tê-lo ao nosso lado. Nós víamos aquelas pequenas questões como charme, "rs". Ele era  cheio de dobrinhas gostosas de morder. Nosso filho foi encaminhado imediatamente à UTI. Nasceu cansado, com dificuldade para respirar. Deixamos claro que queríamos que fosse feito TUDO por ele. Nosso maior desejo era levar ele pra casa. De fato fizeram tudo que era humanamente possível, mas Deus levou nosso filhinho com 3 dias de vida. Não há palavras pra descrever esse momento. Eu não pude ver meu filho com nenhum roupinha, não pude realizar nossos planos e sonhos. Chorei sentindo sua falta. Eu não pude alimentá-lo e nem protegê-lo em meu braços, porém somos alegres porque nós o conhecemos fora da barriga. A casa está "vazia", mas nosso coração nunca estará. Foram três dias de muita emoção, eu chorava de amor toda vez que encostava nele. Ele era tão perfeito...  Perfeito demais pra viver aqui. Deus o quis para Ele; entendemos desta forma.

Quero deixar registrado aqui que somos felizes em ter gerado o Lucas. Eu, como mãe, me sinto especial por ser escolhida para gerar um bebe tão maravilhoso, puro, um anjinho. Continuo confiando em Deus e acreditando que Ele faz milagres. Lucas nos trouxe muitas alegrias, nos trouxe marcas inesquecíveis, nos mudou muito e mudou muitas pessoas. Recebemos muitos recados de pessoas que reavaliaram sua fé através dele. Não entendemos o porquê de tudo, mas sabemos que o ministério do Lucas, apesar de curto, foi maior do que de muitas pessoas que vivem cem anos. Não me arrependo nenhum minuto por ter levado a gravidez adiante. Ele é meu amor, meu bebê pra sempre, o mais especial! Agradeço a Deus por ser mãe dele. Ele foi e é muito amado por todos nós e hoje ele está completamente curado ao lado do nosso Jesus.

Não percam a fé! Deus pode tudo! E independente de tudo, nossa história foi feliz ao lado de Lucas!





"Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada." (Rm 8.18)

Obrigada Jesus.



segunda-feira, 18 de março de 2013

Cartas da História (Parte 16)

Parte 16
25/04/2012 - Preparados, mas desprepados
Esta cara já foi publicada em Nina Minha Filha. Abaixo os dois primeiros parágrafos, então, o link para o post original.


Como família Carreiro Zambelli, o mês de março de 2012 foi o mais singular de nossas vidas. Nina, nossa filha, foi a chave-mestra desta história. “Nascida” no dia 27 de fevereiro, ficou conosco até dia 26 de março, quando Deus decidiu levá-la para Si.

Com exatidão, somente Deus é quem sabe o tempo de cada homem e mulher que habita, habitou e habitará este lugar. Neste planeta somos todos como brinquedos de corda, com começo e fim, não somos imortais. Nina era como uma uma linda bailarina de uma rara caixinha de música, mas que tinha pouca corda. Nós sabíamos disso, mas não queríamos que a música nem a dança acabassem.

>> Continue a leitura no post original

quarta-feira, 13 de março de 2013

Cartas da História (Parte 15)

Parte 15
26/03/2012 - O Senhor nos deu, o Senhor levou

Queridos,

esta é uma breve nota para informá-los que nossa pequena Nina faleceu esta tarde, às 17:45hrs.
O velório acontecerá amanhã, no cemitério Flamboyant (Campinas-SP) a partir das 12:30hrs.

Estamos devidamente bem. Sabemos Quem está no controle.

sábado, 9 de março de 2013

Cartas da História (Parte 14)

Parte 14
11/03/2012 - Deus permite estarmos com Nina em casa

A esperança que se retarda deixa o coração doente, mas o anseio satisfeito é árvore de vida. (Provérbios 13.12 NVI)


Desde que descobrimos que nossa filha nasceria com algum problema de saúde (ela tem síndrome de Patau), sabíamos que se nossa esperança não estivesse baseada em Deus, então desmoronaríamos. Nesta cartinha, um resumo dos últimos acontecimentos e da escolha em esperar nEle.

Nina saiu da mamãe quando já tinha 37 semanas e 5 dias de vida. Isso aconteceu no dia 27 de fevereiro, às 8:00hrs, tendo ela 2.080kg e 43cm. Nós já sabíamos da escolha médica em levá-la à U.T.I. após o parto. Depois de aproximadamente 72hrs, ela foi liberada para a U.C.I. (Unidade de Cuidados Intermediários). Ali ela passou mais tempo, mas já podíamos segurá-la e até alimentá-la, mesmo que pela sonda nasogástrica. Por ela não ter apresentado nenhuma instabilidade desde que nasceu, os médicos acharam por bem nós “morarmos” com ela no hospital por três dias, para também aprendermos a lidar especialmente com a forma com que temos de alimentá-la. Desde o dia 09 de março ela se encontra em casa, conosco. Posso somar a este gostoso momento dizendo que sua chegada foi exatamente no dia em que o Enzo, nosso primogênito, fazia três anos de idade. Comemoramos a chegada de Nina em casa e a manutenção de Deus na vida do Enzo com todos os membros das famílias Zambelli e Carreiro.

Temos sido imensamente consolados, ajudados e incentivados por nossos amigos. São orações, empréstimos e doações, emails e telefonemas. Ouvimos muitas frases de carinho, que entendemos sempre como bem intecionadas. Algumas vezes recebemos recados de como nossa experiência tem sido motivo para pessoas repensarem seu relacionamento com o Criador; aleluia (expressão que significa “louvado seja Deus”). Por favor, continuem nos ajudando e compartilhando conosco suas vidas através desta experiência que é de todos que crescem com ela.

Como seres humanos, fracos por natureza, nunca teríamos escolhido passar por essa experiência, mesmo de antemão conhecendo os frutos que temos colhido desta árvore. Somos gratos Àquele que escolheu por nós, especialmente porque Ele sabia que poderíamos, absolutamente que não sós, atravessar este vale que tem um final ainda mais difícil do que atravessamos até aqui.

Nina está há 13 dias fora do ventre da mamãe. Façam as contas: estatisticamente ela tinha 90% de chance para o óbito intrauterino; 90% de chance para óbito na primeira semana de vida. Nina, desde que nasceu, nunca ligou para o fato de ser sindrômica. Ela chora para comer e trocar as fraldas; ela sorri, espirra e tosse; ela pede, do seu jeito, por carinho e gosta de um colinho. É uma alegria tê-la conosco e acredito profundamente que isso é recíproco.

Ao contrário do que alguns podem pensar, não foi o fato de termos nossa esperança fundamentada em Deus o motivo pelo qual Nina está viva. Esta foi uma decisão soberana do Senhor da vida e da morte, que de antemão nos provisionou conhecer nossa amada pequenina e saber de suas dificuldades ainda no ventre.Temos nosso anseio satisfeito porque não há frustração quando as expectativas estão no Senhor, que a todo tempo age.

Motivos de gratidão
  • Pela permissão de Deus para que pudéssemos estar junto de Nina;
  • Por cada pessoa que nos ajudou a estar valentes perante a inusitada situação;
  • Por reconhecermos que estamos crescendo com tudo isso.


Pedidos de oração
  • Para que saibamos lidar com sabedoria com as situações que ainda não surgiram;
  • Para que continuemos humildemente de pé.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Cartas da História (Parte 13)

Parte 13
27/02/2012 - Dia do nascimento de Nina

De manhã
Queridos,
estamos a caminho do hospital. Será que é hoje? Lá vem a Nina!

Nosso bondoso Deus está conosco.

De tarde
Queridos,

Nina nasceu muito bem, às 8hrs. Chegamos na maternidade mais ou menos às 4hrs. A bolsa estourou e a Karen foi para a sala de cirurgia. No entanto, apesar da boa dilatação, Nina não estava afim de sair. Então foi uma cesárea.

O pai aqui chorou mais do que as duas mulheres (Karen e Nina). Vergonha? Nada! Alegria pela chegada e reconhecimento pela constante mão do Senhor.

Nina agora está sob cuidados especiais. Karen descansa da cirurgia.

Obrigado a todos pelo constante carinho.